Em 1987, a mineira com ascendência italiana Nelsa Trombino criou o Xapuri. Afastado do centro de Belo Horizonte (na região da Pampulha), estar na casa é como estar em um lar mineiro interiorano. Prova disso é o folclórico e simbólico fogão a lenha (se fosse gente com certeza teria o status de lenda). Há 34 anos, o fogão se mantém aceso. Quando foi reformado, as suas cinzas foram retiradas, e alimentadas em um recipiente fora dele. O fogão é uma extensão da Dona Nelsa, que fica atenta a tudo, mesmo com o comando da cozinha tendo sido herdado pelo seu filho: chef Flávio “Xapuri” Trombino.

Tradição é o que não falta na casa, como o petisco de linguiça com cebola, que é uma receita exclusiva da carne feita com linguiça caseira produzida no próprio restaurante há 32 anos. O petisco chega à mesa por R$ 46,90. Destaque entre os pratos que podem ser compartilhados por duas pessoas é a carne de panela acompanhada de arroz, feijão, batatas douradas e farofa de ovo, por R$ 112,90. O local é palco de muitos eventos, como a festa junina.

As encomendas para ocasiões especiais também são uma grande pedida, como um leitão inteiro decorado por R$ 685,00. O chef Flávio é muito reconhecido na cidade e no Brasil, por exaltar a comida mineira. Recentemente, publicou uma luta histórica vencida por sua mãe e a saudosa Dona Lucinha: o tacho de cobre estava proibido de ser usado para fazer os tradicionais doces mineiros. Em 3 de maio de 2022, Dona Nelsa comemorou a liberação do uso do tacho. Para ela, essencial na “feitura” do doce, que em seu restaurante tem um lugar de destaque como buffet. O restaurante traz ainda a loja física de artesanato Xapuri Brasil, com produtos que também podem ser adquiridos de forma virtual. Contudo, quem conhece, afirma: nada como uma visita presencial.